segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Brasil Ride 2014 - Campeões

Depois de muito suor, subidas, descidas, pedras e tudo mais, acabou.......
7 dias, 600 km e quase 13 mil metros de subida.... e daí, fácil???


Parabéns novamente ao nossos guerreiros de Cascavel, que foram muito bem e completaram a prova, em uma das categorias mais disputadas, e com o maior numero de competidores.


Open
Class Num UCI Nome  Accumulated Diference País Equipe
1 4 * Hans Becking/Jiri Novak  26:05:47 0:00:00 Netherlands/Czech RepublicSUPERIOR-BRENTJENS MOUNTAIN BIKE RACING TEAM
2 2 * Tiago Ferreira/Periklis ilias  26:08:03 0:02:17 Portugal/Grecia PROTEK TEAM
3 1 * Henrique da Silva Avancini/Sherman Trezza de Paiva  26:20:21 0:14:34 Brasil/Brasil CALOI ELITE TEAM
43 218 Henrique Bernardes de Andrade/Weimar Pettengill  40:59:31 14:53:44 Brasil/Brasil CBN / DESBRAVACOM
70 34 Geraldo Piquet/Marcelo Pincinato  47:26:01 21:20:14 Brasil/Brasil PIQUET SPORTS
80 217 Jose Emilio de Araujo Menegatti/Gustavo Jose Manso Vieira  53:36:11 27:30:24 Brasil/Brasil CASCAVEL BIKERS

Acabaram a prova 86 cicistas, 33 desistentes


Master
Class Num Nome  Accumulated País Equipe
1 40 Bart Brentjens/Abraao Azevedo  27:57:15 Netherlands/Brasil BRENTJENS MOUNTAINBIKE RACING TEAM
2 233 Marcio Ravelli/Claudio Antonio Palamartchuk  32:41:07 Brasil/Brasil GT Bicycles
3 301 Aecio Flores/Adriano Alves de Oliveira  35:09:16 Brasil/Brasil AGUIAR TRANSPORTES/JC BIKES/GRANOLA TIA SONIA


Mixed
Class Num Nome  Accumulated País Equipe
1 46 Mateus Ferraz/Ivonne Kraft  32:43:25 Brasil/GermanyNINER/Shimano
2 59 Annabella Stropparo/Piero Pellegrini  33:04:23 Italy/Italy TEAM HERSH AMICI DI ANNABELLA
3 67 Lucas Soares/Agnes Naumann  36:03:12 Brasil/GermanyNiner Bikes Brasil


Women
Class Num Nome  Accumulated Diference País Equipe
1 57 Sonya Looney/Nina Baum  34:03:44 0:00:00 EUA/ NOTUBES/ERGON
2 61 Isabella Lacerda/Erika Gramiscelli  36:50:27 2:46:43 Brasil/Brasil Brasil Nation Team / Caixa
3 37 Celina Carpinteiro/Isabel Caetano  36:59:45 2:56:02 Brasil/Portugal BTT LOULe BPI/BERG CYCLES SRAM
9 60 Luciana Cox/Adriana Dalman Boccia  59:40:30 25:36:46 Brasil/Brasil Flower People Team

Grand Master
Class Num Nome  Accumulated País Equipe
1 331 Heleno Caetano Borges/Paulo Felipe Vasconcelos  35:59:24 Brasil/Brasil TEAM KONSK / CICLORACE
2 330 Pedro Ricciardi Neto/Jose Luiz Reginato Lopes  39:10:03 Brasil/Brasil PEDAL POWER - ADRIANA NASCIMENTO
3 325 Fabricio Fontoura Bezerra/Sergio Eduardo Albernaz  40:56:30 Brasil/Brasil CICLO RACE


NELORE
Class Num Nome Accumulated State
1 257 Robson Tavares Souza/Josias Jose 257  43:19:27 Brasil/Brasil
2 315 Alessandro Calvete Nunez/Sidnei Marques  57:12:34 Brasil/








Brasil Ride 2014 - Etapa 7 (Grand Final)

sábado, 25 de outubro de 2014

Brasil Ride 2014 - Day 7

Parabéns aos primeiros colocados geral da última e decisiva etapa do Brasil Ride 2014. 
Congrats to top 3 teams at last stage!

Resultados:
1º lugar - Hans Becking / Jiri Novak - Super-Brentjens - 2:43:48
2º lugar - Sergio Mantecon / Ricardo Pscheidt - Trek - 2:45:04
3º lugar - Raphael Mendes / Halysson Ferreira - JC Bikes - 2:47:29



Primeiros colocados geral do Brasil Ride 2014. 
Congrats to top 3 teams at Brasil Ride 2014!


1st - Hans Becking e Jiri Novak
2nd- Tiago Ferreira e Periklis Ilias
3rd - Henrique Avancini e Sherman Trezza



Cascavel Bikers finalizou bem a competição, só nao sei a classificação ainda, porém, são vitoriosos em terminar a competição, onde os melhores ciclistas do mundo lá estavam. Houveram muitas desistencia, quebras, calor, acidentes, mas o Gustavo e o José Emílio conseguiram driblar tudo pra finalizar a competição..... agora é aguardar eles chegarem, vermos mais fotos e os vídeos que eles fizeram na corrida. Mais uma vez, parabéns a esta dupla e a todos que lá participaram.

Também agradeco os relatos do Avancine, da dupla Henrique e Weimar, e da equipe Flowers, pois a comunicação na região é muito dificil......


Henrique Avancini:
Brasil Ride concluída!
Mais uma vez, foi uma semana incrível com grandes experiências, emoções e mudanças dos parâmetros físicos e mentais.
Eu e Sherman chegamos como defensores do título, assumimos a pressão e fizemos uma bela campanha. Neste ano eu cheguei mais preparado para a prova, o que a deixou ainda mais dura, já que eu tinha pernas pra tomar atitudes e realizar ataques, e não apenas sobreviver ao ritmo imposto.
Devo dizer que mais uma vez senti orgulho de fazer dupla com o Shexé (Sherman Trezza). O cara teve uma séria lesão na coluna em março deste ano, ficou um bom tempo em recuperação e fez questão de voltar a Brasil Ride para defender o título, honrando a prova que foi um marco pra nós. 
Fomos constantes e agressivos. Tentamos de tudo ao alcance do físico e as vezes, com uma ajudinha da cabeça, demos uma bela extrapolada. Pegamos a camisa branca (melhor dupla da América) na primeira etapa e mantivemos até o último dia. Hoje ainda havia a possibilidade do título para duas duplas além dos lídere:Caloi Elite Team e Betch.Nl. Etapa curta(72km), mas com longos trechos de trilha.
No começo a dupla da GoldNutrition, saiu do pelotão e ninguém reagiu. Na hora pensei que isso poderia ser ótimo. O trecho decisivo começaria com 32km, então se fizéssemos uma fuga nomeio da etapa, essa dupla poderia ser uma “ponte” para nos ajudar a imprimir um ritmo forte na parte mais veloz. Na verdade quem conseguiu essa fuga (com muito mérito) foi a Betch.Nl, que acabou usando a dupla escapada como “ponte”. Atacaram, abriram sozinhos e ganharam terreno sobre o segundo pelotão com os líderes da geral(Team Protek), Trek (Mantecon/ Pscheidt) e Caloi.
A 10km pro final não haviam tantas possibilidades e foi quando o Sherman cortou o pneu traseiro em uma pedra. Tentamos colocar gás selante, mas não funcionou. Andamos um pouco furado e paramos para colocar uma câmara de ar. Perdemos muito tempo e posições, acabamos terminando longe das primeiras colocações na etapa.
Como a nossa vantagem para os quartos colocados na geral era grande, conseguimos terminar no pódio da geral, com a 3ª colocação. Perder o título é obviamente ruim, mas tenho orgulho de dizer que demos muito trabalho. Parabéns pelo trabalho incrível de Hans Becking e Jiri Novak (Betch.Nl/Superior Brentjens). Fizeram uma prova incrível, foram agressivos e arriscaram tudo até o último metro. Tomaram a camisa amarela e nos sucedem como defensores do título de maneira muito merecida.
 Hoje não foi só o fim de uma grande competição pra mim, mas o fim de uma era em minha carreira e vida. A Brasil Ride foi minha última defendendo a equipe Caloi Elite Team. Foi a despedida de um projeto que foi muito além de uma relação atleta/patrocinador .
Tenho orgulho do que fiz e sou grato a todos que estiveram ao meu lado nessa jornada. Dá uma ponta de tristeza deixar tudo isso, mas agora tenho que dar outros passos para buscar minha evolução.
Agora preciso de uns dias de descanso e já começo o trabalho de pré-temporada para 2015.

Flower People Team
FINISHERS! Brasil Ride de tandem! Acabamos de concluir a prova mais bruta de todas! Quem disse que não dói? Dói tuuuuuuudo!!! Obrigada a todos amigos, atletas, staff e toda organização! Estamos felizes da vida! — com Luli Cox e Adriana Dalman Boccia.

Weimar Pettengill:

O Brasil Ride já foi decepção. Já foi pura birra, teimosia de quem não admite se dar por vencido. Sempre foi desafio, e sempre será sofrimento. Mas quando recebi o convite para montar o time PraQuemPedala /Desbrava.com, fui do céu ao inferno. E firmei o gorpe: quando dois ogros do bem se encontram, a energia flui. É só treinar. Ah! Mas treinei...
E quando cheguei em Mucugê fui obrigado a fazer um teste para avaliar a idade psiquiátrica, já que a cronológica indica um problema: 16 anos de diferença. Mas o laudo foi taxativo, os dois têm a mesma idade mental: 14 anos. Vão largar na Elite! Acelera...

Aos poucos a apreensão ficou de lado, e a certeza que não quebraríamos, mais clara a cada montanha conquistada. E foram muitas.
Posso dizer que subi um degrau na vida. A ultramaratona mais difícil do planeta foi vencida não mais como alguém que tenta fazer algo muito superior à sua capacidade. 
Foi enfrentada com determinação, sempre, mas com técnica. Nas subidas mais enjoadas, nas retas mais enfadonhas. E principalmente nos trechos técnicos mais encardidos.
Ô tô pronto e Ovoí, onde eu quiser.
Obrigado, Henrique Andrade.
Brasil Ride
More than a race, a Stage in your life.












Brasil Ride 2014 - Stage 6 








sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Brasil Ride 2014 - Day 6

Acabou o sexto dia, e um dos dias mais difíceis, pela quilometragem e subida.....


Prova vencida por Hans Becking e Jiri Novak (5:41h), seguidos por Avancini e Sherman (5:46h) e Raphael Mendes e Halysson Ferreira (5:52h).

Tivemos ainda na etapa, categoria Open Pscheidt na colocação 28 (7:57h), Henrique e Weimar na 41 com 8:23h, Piquet na 55 com 9:16h, e as Flowers em decima na categoria com 11:30h com sua tanden.

Gustavo e Maninho fecharam mais uma etapa muito bem na posição 68/86 da categoria com 10h de pedal....  já desistiram 36 duplas nesta categoria..... agora é partir pra proxima e ultima etapa....

A dupla Cascavel Bikers foi bem na quinta etapa, ficando na posição 57/93 na categoria, na frente das duplas do Piquet e do Weimar e Henrique. No acumulado até a quinta etapa, entre todos os competidores, estão na posição 169.... E no acumulado depois da sexta etapa, pularam na open pra posição 78... será isso mesmo??

Weimar Pettengill:
"Obaaaaaaa! Não tem uma nuvem no céu para aliviar a temperatura da penúltima peia: 140km com 3.000 Up."


"Aqui, falá procê: agora eu entendi a frase "dessa vez eu devia ter treinado!"
É muito mais mió de bão! 143km sem sofrimento, torcendo o cabo. Mas a etapa foi apelidada de Timbalada: todo mundo batendo lata."


Henrique Avancini:
"Sexta etapa da Brasil Ride. 143,7km e começamos a etapa na segunda colocação geral.
Ontem após a 5ªetapa eu me sentia morto, mas aconteceu uma coisa com nossa dupla, que me deixou fervendo e hoje eu larguei como se fosse o primeiro dia de prova. Queria amassar os pedais.
Os primeiros 6km foram em subida. Comecei a forçar o ritmo e o Sherman estava conseguindo acompanhar. Com uns 8km de prova,depois de insistir muito, abrimos uma pequena vantagem e segui com o Sherman até o km21 onde fomos alcançados pelas principais duplas. O ritmo não abaixava. Por volta do km35, pegamos uma subida dura e rolou um ataque no pelotão, já com poucas duplas. Vi que o Sherman deu tudo pra conseguir passar. Estava no primeiro ¼ de prova e isso poderia custar caro, mas largamos pra dar tudo e fazer alguma coisa ou cair pro lado. Quando vi que ele estava sofrendo muito e dando tudo, fiquei animado.
Passamos a subida, e então formamos um grupo de 3 duplas – Team Protek (líderes da geral) Caloi Elite Team (2°) e Betch.Nl (3°)...Era a prova pela classificação geral. Com cerca de 40km, o grego Periklis Ilias caiu sozinho em uma descida de alta velocidade com muita poeira.
Imediatamente paramos a disputa...
Se o líder ou outro atleta de um pelotão que está liderando cai em um momento não decisivo, a postura ética é esperar, mesmo que tenha sido falha do piloto.
Antes do ponto de apoio no km82, pegamos uma dura e longa subida. A dupla da Betch.Nl atacou e conseguiu uma pequena vantagem. Nesta hora não consegui ajudar meu parceiro para passar a subida com a dupla e ficamos com os líderes da geral.
Ficamos com os líderes até o km92. No único trecho de trilha fechada do dia, abrimos vantagem e seguimos sozinhos. Nesta parte tive um problema na trava da suspensão e fiquei sem o funcionamento do amortecedor. Ainda estava bem, mas nas descidas de alta velocidade minhas energias começaram a ser sugadas e minhas articulações começaram a doer demais.
Do km 90 ao 120 a etapa é muito dura. Trechos em subida e descida com muita areia e com um vento insuportável. Quando passamos essa parte chegamos no trecho final de 32km, onde o terreno é predominantemente plano (falso plano como se diz na gíria do ciclismo). A primeira parte é de terra com vários bancos de areia e depois seguimos no asfalto. Nessa parte viemos revezando no limite.
 Os líderes estavam perdendo tempo para nós, e a gente estava perdendo tempo para os terceiros colocados. Nos últimos 5km acho que pedalei mais com a mente do que com o físico. Foi um dia duro como poucos na minha carreira.
 Chegamos na segunda colocação, atrás da Betch.Nl e os líderes da geral (Team Protek)chegaram na quarta colocação atrás da Gold Nutrition. Ainda não sei a classificação geral oficial, mas a princípio caímos para a terceira colocação, porém amanhã serão 3 duplas dentro de uma diferença de tempo muito pequena.
 O título da Brasil Ride 2014 ainda está em aberto e nossas pernas estão agonizando mas ainda não morreram. Amanhã é a última e com certeza vamos arriscar tudo pelo título.
No final, a camisa amarela poderá não ser nossa, mas vamos dar trabalho até o último instante."

Henrique Andrade:
"A 6ª etapa é bem massa! Dura!!! Mas bem legal. São 145km entre Rio de Contas e Mucugê. A etapa tem MUITA subida, alguns singles bem maneiros e boa parte é de estradão.
Ano passado, o calor castigou fortemente a galera. Fez 49 graus e os pontos de apoio para encarar as duas últimas montanhas tinham ficado meio mal distribuídos e todo mundo sofreu muito.
Esse ano o problema dos pontos de apoio foram resolvidos e o calor deu uma trégua. Conseguimos completar os 143,5km, para ser mais exato, em 8:20 minutos. O que foi bem bom!
Agora só falta uma etapa e ganhar mais uma Camisa de Finisher do Brasil Ride."

Classificação acumulado após a sexta etapa:
Class Num UCI EliteNome  Accumulated Diference País Equipe
1 2 * Tiago Ferreira/Periklis ilias  23:27:41 00:00:00 Portugal/Grecia PROTEK TEAM
2 4 * Hans Becking/Jiri Novak  23:29:59 00:02:18 Netherlands/Czech Republic SUPERIOR-BRENTJENS MOUNTAIN BIKE RACING TEAM
3 1 * Henrique da Silva Avancini/Sherman Trezza de Paiva  23:32:46 00:05:05 Brasil/Brasil CALOI ELITE TEAM
4 5 * Martin Horak/Michal Kanera  23:55:51 00:28:10 Czech Republic/Czech Republic GHOST-RUBENA RACING
5 6 * Hugo Prado Neto/Lukas Kaufmann  24:08:50 00:41:09 Brazil/Switzerland FOCUS OCE RACING TEAM

Confira o vídeo da quinta etapa..... até parece Ponta Grossa quanto passaram por aqueles areiões, hehehehe...




7a e Ultima Etapa

Data: 25 de outubro, 2014 largada as 9h00
Largada / Chegada: 
Mucugê / Mucugê 
Distância
: 72.1 km
Total de subidas: 928 m
Tempo limite de prova:
Horário de corte: 17:00h



Fontes: Brasil RidePra quem PedalaLuli Cox

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Brasil Ride 2014 - Day 5

Mais uma etapa que ficou pra trás, e a vitória ficou com Hans Becking/ Jiri NovakPscheidt/ Mantecon ficaram em segundo.

Champions of day 5:
1st -Superior-Brentjens Team - 4:14:37
2nd - Trek Factory Racing - 4:14:39 
3rd - Protek Team - 4:20:25

Maninho e Gustava também chegaram bem hoje, 40 minutos a frente da dupla do Piquet. O Gustavo falou que as descidas são alucinantes e extremamente técnicas, e o pessoal em geral pedala com medo de se quebrar e quebrar o equipamento, e cada dia, é uma galera que vai para as pedras.....

A nossa dupla está na posição 87 da Open, com 31:44:33h atualizada na quarta etapa..... na categoria, já houveram 25 desistencias.

Amanhã será outra etapa muito dificil, com 143km e 2854m de subida..... então, se preparem e a hidratação é fundamental.....

Henrique Avancini:
Galera, hoje vou ser mais curto, porque foi uma etapa da Brasil Ride realmente sofrida pra nós, e até pra escrever está doendo. 95km e menos de 2.000m de ascensão acumulada, porém a etapa é cheia de trilhas e trechos onde é possível passar só empurrando, o que deixa a etapa dura.
O começo do dia é pesado e não rende muito. Uma longa parte que vai sempre subindo até cerca do km20 de prova.

Nesta parte o pelotão foi sendo reduzido aos poucos. No meio, restavam 4 duplas, coincidentemente as 4 primeiras da geral. Um atleta da equipe Ghost perdeu a roda num momento e o Sherman acabou ficando com ele...O ritmo continuou forte na frente e eles não conseguiram alcançar. Fiquei com o outro atleta da Ghost e formamos um novo grupo. Seguimos trabalhando bem e como sabíamos que no km20 entraríamos em uma trilha, a diferença poderia ser tirada.
Após essa subida com vários trechos de areia e pedras,pegamos a longa descida.
Nesta descida começamos a tirar a diferença até reagrupar novamente com os líderes da etapa. Os líderes da classificação geral, estavam claramente poupando suas bikes e não arriscavam muito. Com isso, outras duplas nos alcançaram neste trecho. Um ataque bem feito pelas equipes, Becht.Nl e Trek rendeu, e eles seguiram juntos.
Após o trecho de trilha pegamos um sobe e desce onde faz diferença andar em grupo. Saímos nesta parte com o Tiago Ferreira e Periklis Ilias, mas eles lançaram um ataque e acabamos perdendo o contato. Depois disso (mais ou menos 35km) andamos sozinhos a prova inteira.
A diferença pros líderes da geral ficou entre 2:00 minutos e 25 segundos, mas não conseguimos alcançá-los.
Quando chegamos na parte chamada Rolling Stones, que é uma parede de pedras, ruim até mesmo de empurrar a bike, o pneu dianteiro do Sherman furou.
Como neste momento eu estava um pouco melhor que o Sherman, trocamos de bike e ele seguiu com a minha enquanto eu reparava o pneu dele com um gás selante. Foi o que eu podia fazer pra minimizar a perda. No final, um longo trecho praticamente plano com muita areia e vento contra. Como foi sofrida essa parte, ficamos perseguindo os líderes da geral numa eterna briga de gato e rato...
Finalmente chegamos no último apoio. Passamos direto e ainda faltava a serra verde. Uma dura subida de concreto. Pouco antes da subida senti meu pneu murchando com um pequeno furo. Quando começamos a subir, parei e coloquei mais um gás selante que foi suficiente para ajudar a vedar o pneu sem câmara.
Subimos com o que restava de força e no final cheguei bem cansado. Foi uma etapa difícil e perdemos a oportunidade de descontar tempo dos líderes.
A etapa foi vencida pela Becht.Nl (Hans Becking/Jiri Novak) que encostaram em nós na geral(agora estão em 3°) e em segundo na etapa a equipe Trek (Pscheidt/Mantecon). Eles fizeram a etapa juntos, o que ajudou a tirarem bastante tempo, e isso prejudicou nossa situação para geral em relação a dupla da Becht.Nl.
Amanhã outra longa etapa com mais de 140km.
Cansados, mais ainda temos um pouco de carcaça pra tentar alguma coisa...
Como diria um bêbado ou um cara que já tem 5 dias de Brasil Ride: Só acaba, quando termina! : )

Flower People Team (Luli Cox)
Após 9.20hs de mais um dia de chá de selim, a Flower People team cruza o pórtico de chegada! 96 quilômetros brutos! Hoje infelizmente não temos condições físicas para escrever o relato do dia!
Amanhã serão mais 143k!
Misericórdia!
Vem com a gente!


Amanha temos a....

6a Etapa

Data: 24 de outubro, 2014 largada as 6h00
Largada / Chegada: Rio de Conta / Mucugê
Distância: 143.4 km
Total de subidas: 2.854 m
Horário de corte: 17:30h na chegada e no 3° ponto de apoio 15:30h

Brasil Ride 2014 - Vídeos (1-4)


Os vídeos estão show... confira etapa por etapa....

Brasil Ride 2014 - Prologue


Brasil Ride 2014 - Stage 2


Brasil Ride 2014 - Stage 3 - XCO


Brasil Ride 2014 - Stage 4 


Brasil Ride 2014: Stage 4 / Fotos

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Brasil Ride 2014 - Day 4

Dá-lhe Portugal e Grécia novamente.... conquistaram mais uma etapa...

1 - Tiago Ferreira e Periklis Ilias
2 - Hans Becking e Jiri Novak
3 - Martin Horak e Michal Kanera

Só estrangeiros nas primeiras três colocações

Gustavo e Maninho foram bem, fizeram o percurso em 7h.... e a única baixa foi um raio da bike.... preciso dizer de quem??? hehehe

Hoje ficaram na posição 70 da categoria...





Henrique Avancini:
"Daqui pra frente a Brasil Ride não é mais questão de quem está melhor, mas sim de quem está menos quebrado ou consegue lidar melhor com a dor.
Essa quarta etapa é curta (83km) porém dificílima.
Logo com 3,5km entramos na primeira trilha, então a disputa por posição é intensa no começo. O esforço no XCO de ontem mandou a conta, e as pernas estavam realmente sofrendo.


Na primeira parte da prova, consegui desenvolver bem. Quando saímos do longo single-track no começo, o Sherman tinha ficado no segundo grupo. Esperei e depois que estávamos juntos novamente, comecei a não render muito bem. O pelotão estava desorganizado e estava difícil encaixar na prova...
Nessa etapa temos uma longa subida que nos leva próximo ao ponto mais alto do Nordeste.
Após essa serra pegamos a trilha Kamikaze (pra mim a mais louca de toda Brasil Ride), então no meio da subida combinamos de deixar o grupo em que estávamos abrir e tentar tirar na trilha. Estratégia arriscada, mas assim conseguimos economizar um pouquinho.
Começamos a descer na oitava posição. Com alguns quilômetros ecostamos na Focus (Hugo/Kauffman), logo depois no Catalão e Hallyson e depois na dupla checa, Horak e Kanera. Mais a frente, alcançamos os líderes da classificação geral, Luis Leão e Mathias Leisling.
Em uma travessia de um pequeno rio, o alemão torceu o pé e ficou por ali mesmo.
Uma pena, e o abandono deles faz a Brasil Ride perder um pouco do seu brilho.
O Luis estava mais forte que o Mathias na competição (provavelmente era o atleta mais forte na prova de uma maneira geral) e acredito que ele possa ter levado o parceiro ao limite de maneira demasiada.
De volta ao sofrimento. Passamos a trilha Kamikaze que este ano estava em perfeitas condições, e seguimos em um trecho rolado até chegar ao “Caldeirão do Diabo”. Imagina o quanto é quente pros nativos chamarem assim.
Uma longa subida em terreno árido. Nessa subida ficamos em 3 duplas (Horak/Kanera e Catalão/ Hallyson). Não estávamos bem para colocar um ritmo mais forte. Os checos atacaram a 10km pro fim e ficamos com a outra dupla. Resolvemos aproveitar o bom ritmo que eles colocavam nas partes planas e assim concluir a etapa sem chegar mais uma vez na reserva. Foi uma boa tática e foi bem próximo do que fizemos no ano passado.
Mesmo tentando economizar, a etapa foi bem dura. Neste ponto da prova é importante correr com inteligência. A etapa foi vencida pelo Team Protek (Periklis/Thiago), que assumiram a liderança geral, com Becht.Nl em segundo.
Ainda não vimos os resultados, mas acredito que estamos em segundo na geral.
Faltam 3."


Luli Cox:
"O single ainda seguia um bom tempo bem pedalável para a nossa tandem.
A primeira subida do dia já chegou matando, após o primeiro ponto de água cinco quilômetros que junto com o calor castigavam muito a gente.
Aqui na competição existem umas placas de sinalização dos uphills, ou seja logo na base da subida uma linda placa informa que será preciso perna: 5k UP! Meu Deus!
A descida seguinte é conhecida como Kamikaze, ela é interminável tinham muitos trechos que tínhamos que descer da bike porque eram trechos estreitos e nós depois do trauma do primeiro dia resolvemos preservar a bici."




Amanhã........

5a Etapa

Data: 23 de outubro, 2014 largada as 7h00
Largada / Chegada: Rio de Contas / Rio de Contas
Distância: 94.7 km
Total de subidas: 1.881 m
Tempo limite de prova: 9h

Brasil Ride 2014 - Day 3

A terceira etapa foi de descanso pra alguns e muita força pra quem disputa a ponta.... boa parte do pessoal não fez as 5 voltas do percurso, para se guardar mais para as demais etapas.....

O Gustavo e o Maninho estão firmes lá... fizeram a etapa bem de boa...o Maninho com uma volta na pista, se poupando, e o Gustavo com 3, senão me engano.....

A Elite voou.... veja o relato da Luli.....


Luli Cox
O terceiro dia de prova da Brasil Ride é um percurso de sete quilometros de XCO, a prova termina quando o mais rápido completar as 5 voltas. Como nosso objetivo é teminar o desafio de sete dias, aproveitamos o dia de hoje para tentar nos recuperar da guerra de ontem, e descansar para mais uma longa jornada de amanhã.
Na metade da primeira volta já estávamos tomando volta dos líderes. Incrível ver os profissionais acelerando. Daí em diante a gente esperava terminar a 'serie' de onda e entrava nos singles para pedalar mais um pouquinho.
Claro que paramos muito mais para fotos e continuar nossa torcida pelos líderes e os amigos. Na Igrejinha o ponto mais alto do percurso começamos a ficar na dúvida se podíamos dar apenas uma volta ou se precisávamos ir para a segunda. Na duvida acelera ai e vamos para mais uma voltinha.
Foram duas voltas e duas horinhas de pura diversão e nada de perrengue (serío? Depois dos dois primeiros dias ficamos até desconfiadas)
Henrique Avancini:
Mais uma etapa da Brasil Ride concluída.
Hoje a dinâmica da competição muda completamente. A etapa é um cross-country olímpico na cidade de Rio de Contas sendo a única etapa onde a dupla pode andar separada, e o tempo da equipe é a média dos tempos da dupla.
Acordei bem – considerando a dureza da etapa de ontem – e estava muito empenhado em fazer uma prova agressiva.
Fiz uma volta de reconhecimento com o Sherman e o circuito estava em piores condições do que nos outros anos, ficando mais perigoso. Nessa etapa, amadores e profissionais largam juntos e dividem o circuito. A intenção da organização é proporcionar aos amadores a proximidade na pista com os melhores pilotos da competição.
Ano passado em uma reunião pós-prova com os atletas de elite e organização, questionamos isso e sugerimos uma bateria separada. O que posso dizer é que este é um ponto que deve ser mudado para o próximo ano. Com o maior número de atletas amadores e um pelotão de elite cada vez maior, a linha entre uma “experiência interessante” e um “grande risco” foi ultrapassada.
Eu não acho legal ter que forçar ultrapassagens em alguns atletas retardatários (mesmo que sejam poucos), de ver tombos e presenciar discussões. A ideia e conceito são legais, mas acho que a mudança, pela segurança e boa convivência, seria bem-vinda.
De volta a ação. O circuito é dividido em uma longa subidas, com alguns refrescos que começa em um paralelipípedo na cidade e depois continua na terra. Depois um longo single-track estreito, com pedras e com algumas subidas e descidas curtas. No fim deste trecho pegamos a subida da igrejinha, que é uma verdadeira parede. No topo despencamos num tipo de escadaria de pedras natural. Realmente difícil e perigoso, no fim um trecho de alta velocidade até entrarmos na parte urbana novamente.
Mais um dia o ritmo foi coisa de doido. No final da primeira subida do estradão, o espanhol Sérgio Mantecon lançou um forte ataque e eu segui na perseguição. Fechando a primeira volta, ele tinha uma vantagem de aproximadamente 15 segundos. Eu seguia sozinho e um grande grupo perseguidor, ditado pelo Tiago Ferreira e Periklis Ilias vinha um pouco mais atrás.
Abrindo a segunda volta, eu tinha duas opções. Segurar o ritmo e voltar para o pelotão (já que neste circuito faz muita diferença andar em pelotão) ou tentar tirar a diferença para o Mantecon.
Pra cima deles...
Fui tirando a diferença muito aos poucos, até encostar novamente no ponto mais alto do circuito. Descemos juntos e abrimos a terceira volta. Para o Mantecon o interessante seria vencer a etapa, já que perderam muito tempo ontem. Eu tinha que pensar também na geral, então começamos a revezar e se ninguém encostasse, a vitória da etapa seria dele. Esse tipo de política é normal em provas por etapa. Porém, a dupla Tiago Ferreira e Periklis Ilias vinham na perseguição e nos alcançaram no final da subida longa, antes do single-track. Eu e Mantecon abrimos novamente na descida final, mas na quarta volta ele não quis mais revezar. Eu também tirei o pé e esperei os outros dois. Quando eles chegaram ninguém tomou uma atitude e a prova ficou morna. O outro pelotão também chegou e no meio da quarta volta estávamos em um pelotão de uns 10 caras. Eu desci na frente, mas o grupo foi reagrupado no final da volta, abrindo a última volta com a prova totalmente indefinida. Hora da coisa pegar fogo! Na primeira subida O Periklis pegou a ponta em um ritmo forte com seu parceiro na roda. O Tiago foi deixando que ele abrisse aos poucos. 1,2,3,10 metros...Fiquei atento pois essa é um tática simples mas eficiente e logo no final dessa subida de paralelepípedos, nós entraríamos num duro single-track subindo.
Ataquei no momento certo e o Periklis reagiu ao mesmo tempo. Ele puxou no single e quando saímos o Mantecon vinha a uns 10 segundos com o Tiago na roda. Revezei com o Periklis e mantivemos a distância. No final da subida em estrada, antes da trilha longa, o Tiago atacou o Mantecou, nos alcançou e atacou novamente. Entramos na trilha com o Tiago liderando, o Periklis na roda e eu em terceiro. Nessa altura o Mantecon tinha perdido um pouco o contato. Essa trilha é estreita, sendo um sobe e desce com pedras. Alcançamos um retardatário que não quis ceder passagem. Perdemos tempo e o Periklis acabou tomando um forte tombo na minha frente. Pulei por cima da bike dele e segui com o Tiago. Com a dificuldade de ultrapassar, o espanhol acabou reagrupando. O Tiago briga pela geral, então não "arriscaria a vida" pela etapa. Sendo assim ataquei e ele não reagiu. Subi a última subida do dia (da igrejinha) na frente e comecei a descer com o Mantecon colado na minha roda. No final da descida, ele me ultrapassou em um drop de pedras. Eu não tinha braços pra segurar a bike. Ele abriu uma pequena distância, mas muito difícil de ser recuperada. Segui perseguindo até a chegada, mas não consegui a vitória. Lógico que queria demais vencer esta etapa de XCO, mas analisando o contexto fiz uma grande prova. Sergio Mantecon é da primeira linha da elite mundial. Top 10 na geral da Copa do Mundo e 6° colocado no Campeonato Mundial e setembro. Ontem cheguei na reserva e estamos buscando um bom resultado na geral. Já a dupla da Trek, vem demonstrando estar mais preocupada com as vitórias em etapas(posso estar errado).
Não vou dizer que fiquei super satisfeito, mas fico feliz de dar um pouco de trabalho pra um piloto do nível dele.

Falando do nosso desempenho como dupla. O Sherman vinha fazendo uma ótima prova, que seria suficiente até para cogitar uma vitória ou pódio no tempo combinado das duplas, mas ele teve um furo na quarta volta, de um total de cinco. Uma baita perda para nós que agora devemos cair na classificação geral. Porém a jornada é longa e ainda temos muito chão pra rodar.

Só mais 4 dias!

Classificação da terceira etapa, Open.

1 2 * Tiago Ferreira/Periklis ilias 1:32:02 Portugal/Grecia PROTEK TEAM
2 35 * Luis Leao Pinto/ Matthias Leisling 1:32:36 Portugal/Alemanha REI LEaO
3 3 * Sergio Mantecon Gutierrez/Ricardo Pscheidt 1:33:19 Espanha/Brasil TREK FACTORY RACING TEAM I
4 1 * Henrique da Silva Avancini/Sherman Trezza de Paiva 1:34:48 Brasil/Brasil CALOI ELITE TEAM
5 4 * Hans Becking/Jiri Novak 1:36:10 Netherlands/Czech Republic SUPERIOR-BRENTJENS MOUNTAIN BIKE RACING TEAM
6 6 * Hugo Prado Neto/Lukas Kaufmann 1:37:45 Brazil/Switzerland FOCUS OCE RACING TEAM
7 5 * Martin Horak/Michal Kanera 1:37:56 Czech Republic/Czech Republic GHOST-RUBENA RACING
8 20 * Marcelo Candido da Silva/Guilherme Gotardelo Muller 1:38:23 Brasil/Brasil LM/ SHIMANO Team
9 15 * Alexandre Arthur Sousa/Anilton Marques Rocha 1:39:54 Brasil/Brasil CHAPADA DIAMANTINA
10 14 * Raphael Mesquita Mendes/ Halysson H. Ferreira 1:40:57 Brasil/Brasil JC BIKES I

4a Etapa

Data: 22 de outubro, 2014 largada as 8h00
Largada / Chegada: Rio de contas / Rio de Contas
Distância: 84.7 km
Total de subidas: 2.156 m
Tempo limite de prova: 9h



Fontes: Brasil RidePra quem PedalaLuli Cox

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Brasil Ride 2014 - Day 2

Uma das etapas mais fortes foi a de ontem, com 147 km e 3355m de subida acumulada.

A dupla Luis Leão Pinto / Matthias Leisling conseguiu chegar quase 20 minutos antes da segunda dupla Tiago Ferreira / Periklis Ilias e da terceira com Henrique da Silva Avancini / Sherman Trezza de Paiva. O tempo da prova foi de 6:22:22.

Nossa equipe do Cascavel Bikers não conseguiu finalizar no tempo limite, mas junto com eles, mais umas 50 equipes.... é, o calor não estava fácil não....

COMUNICADO IMPORTANTE: A organização da prova e a UCI decidiram que os atletas cortados ontem CONTINUAM na competição, recebendo uma punição de 5 horas em cima do tempo do último atleta a cruzar a linha de chegada. A decisão de "fair play" é em virtude das condições climáticas severas que causaram tantas desistências.

Gustavo Vieira
"Estamos bem, só uns ralados do primeiro dia eu e o Maninho..... Dureza é pouco, 48 graus, tempo seco e falta de água, foda demais.... Infernal, single tracks muito dificeis, pedras inclinadas pra baixo e pra cima, muitos lugares que tivemos que empurrar"

Henrique Avancini:
"Hoje não foi dia de pensar em resultado, de fazer mil táticas, de realizar ataques. Hoje foi dia de simplesmente sobreviver. Já fiz muitas corridas duras, mas essa etapa foi realmente pesada.

O ritmo no começo foi surreal. Eu não estava acreditando no pace que estavam impondo nos primeiros 30km. O português Luis Pinto (que faz dupla com o alemão Mathias Leisling), e o seu compatriota Tiago Ferreira (que faz dupla com o grego Periklis Ilias) colocaram um ritmo constante e absurdamente forte. Não houve ataques, o pelotão simplesmente foi sendo selecionado e reduzido.

Por volta do km45 em uma subida dura, ficamos com mais 3 duplas. A largada foi as 6:00 da manhã e as 7:30 já estava muito quente. Estávamos muito no limite e voltamos para o segundo grupo, com outras 4 duplas, que incluía os atuais lideres (TREK) e os segundos da geral (Betch.Nl/Brentjens), que foram os primeiros a atacar o segundo grupo e seguiram sozinhos.

Com metade da quilometragem o dia começou a ficar muito quente, e a parte dura ainda estava por vir. Aos poucos fomos crescendo na prova, mas em ritmo de sobrevivência.

Chegamos na trilha do Vietnam, um trecho que ajuda muito tanto a mim quanto ao Sherman, e assim fomos ganhando terreno. Saímos do Vietnam e éramos a quinta dupla e vimos a terceira e quarta duplas.

O normal seria atravessar o rio no final da trilha em duas passadas, mas estava tão quente que falei pro Sherman pra darmos uma refrescada no rio. Deitamos no rio, que estava raso e rolamos na agua que nem porco no chiqueiro. Foram 10 segundos que fizeram uma baita diferença. Mais algumas partes duras, até chegar na última serra do dia do km128 ao 138km. Um lugar seco e muito quente. O desnível é grande e a sensação é que quanto mais alto, mais quente fica. Nessa serra estávamos mal, mal mesmo e pra ter uma ideia do sofrimento da etapa, largamos a dupla da Ghost e da Betch.Nl, que estavam piores ainda.

Eu e Sherman subimos lado a lado na serra, e isso foi como dizer um ao outro “to contigo parceiro” durante toda subida... Foi realmente uma prova para expandir os limites e mudar os conceitos. No final da serra avistamos a dupla do Tiago e Periklis. Faltavam 6km pro final. Estava um vento contra forte e consegui ditar o ritmo até a chegada. Vim andando forte e realmente usei as últimas forças.

Chegamos a 10 segundos deles, cruzando na terceira colocação.
Mathias e Luis Pinto venceram a etapa e assumiram a liderança(com grande vantagem) e com o resultado de hoje subimos para a segunda colocação geral.

Ainda faltam 5 longos dias, e não sei o que eu e Sherman teremos capacidade de fazer, mas hoje fiquei orgulhoso e feliz com a nossa parceria. Fizemos um baita resultado na etapa que mais favoreces os atletas especialistas em maratonas e isso foi uma grande superação. Amanhã XCO.

Teoricamente o melhor dia para nós. Deus queira que eu me recupere até amanhã. Aproveito para dar meus sinceros parabéns aos atletas que simplesmente completaram a etapa dentro do tempo limite. 

Antes da competição disse em uma entrevista, que a Brasil Ride é a única competição que minha preocupação não é só o resultado, mas principalmente a fato de superar e viver a competição. Quem fez a etapa hoje entende bem do que estou falando..."


Weimar Pettengill:
"Nunca vi nada parecido. Pegamos temperatura de 52 graus quase o dia inteiro. Quando caiu para 45, voamos.

Mais ou menos. A bike do Henrique cuspiu fora a pastilha do freio traseiro com 20km rodados. Só conseguimos reparo no km 70. Down hill sem freio traseiro. O cara se superou! Tirei o capacete pra ele.

Mais de 100 pessoas não completaram a etapa. Passamos por cenas de guerra.

Mas a galinha preta no cruzamento fez sua parte: excomunguei o segundo dia depois de 5 anos. O que não me mata, me deixa mais forte.
Pau de dá em doido né mole não.
Amanhã tem mais!"

Luli Cox :
"Entramos no Vietnam, trecho da competição de 12 k de trilhas em sua maioria das vezes intransponíveis. Sua entrada fica mais ou menos no quilometro 100. Ali no campo de batalha encontramos vários soldados extendidos no chão. O quadro foi ficando assustador; atletas desidratados, deitados no chão, e isso não era apenas o estado dos atletas do fundo; os atletas de ponta também passaram mal e tiveram baixas. O caso ali não era de não passar mal, era de quem conseguisse lidar melhor com o sofrimento insano."

Classificação
Class Num Nome Overral D2 País Equipe
1 35 Luis Leao Pinto/ Matthias Leisling 06:22:22,834 Portugal/Alemanha REI LEaO
2 2 Tiago Ferreira/Periklis ilias 06:41:15,925 Portugal/Grecia PROTEK TEAM
3 1 Henrique da Silva Avancini/Sherman Trezza de Paiva 06:41:35,592 Brasil/Brasil CALOI ELITE TEAM
4 5 Martin Horak/Michal Kanera 06:46:23,666 Czech Republic/Czech Republic GHOST-RUBENA RACING
5 6 Hugo Prado Neto/Lukas Kaufmann 06:51:03,600 Brazil/Switzerland FOCUS OCE RACING TEAM
6 4 Hans Becking/Jiri Novak 06:59:08,323 Netherlands/Czech Republic SUPERIOR-BRENTJENS MOUNTAIN BIKE RACING TEAM
7 15 Alexandre Arthur Sousa/Anilton Marques Rocha 07:00:56,562 Brasil/Brasil CHAPADA DIAMANTINA
8 12 Daniel Gathof/Jochen Weisenseel 07:01:18,567 Alemanha/Alemanha CRAFT - ROCKY MOUNTAIN
9 19 Valerio Ferreira/Marco Fernandes 07:01:49,424 Portugal/Portugal ALGARVE BIKE CHALLENGE TEAM BCF/BTT LOULe BPI
10 14 Raphael Mesquita Mendes/ Halysson H. Ferreira 07:05:43,334 Brasil/Brasil JC BIKES I


Veja como será a etapa.....

3a Etapa

Data: 21 de outubro, 2014 largada as 10h00 - circuito cross country
Largada / Chegada: Rio de Contas / Rio de Contas
Distância: Volta com 6,9km, sendo 5 voltas no total 34,5 km
Total de subidas: Volta com 205 m de ascensão, sendo 5 voltas no total 1.205 m acumulado de ascensão



Fontes: Brasil RidePra quem PedalaLuli Cox

domingo, 19 de outubro de 2014

Brasil Ride 2014 - Prólogo

E acabou a primeira etapa da competição, com vitória do Brasil, com  Sergio Mantecon Gutierrez e Ricardo Pscheidt da Trek Factory Racing Team, com o tempo de  00:51:47.

E pelo o que parece, houveram vários problemas com bikes no primeiro dia, nas descidas mais fortes......

O Gustavo e o Maninho (217) terminaram a prova com 1:29h, em 91 na categoria Open (a mais concorrida) e 159 na Geral....

Cada um teve uma queda, mas nada de mais.... Estão todos ok para amanhã melhorar a classificação.

Ficaram na frente de Geraldo Piquet, Henrique (PraQuemPedala), e da Luli Cox (fechou o grupo com 2:46h em duatlon).

Terminaram esta prova 208 equipes.....


Henrique Avancini:
"To get the N° 1 was hard,to keep it, is harder.
Começou a jornada Brasil Ride. Hoje eu e Sherman fizemos um bom prólogo, competindo pela Caloi Elite Team edefendendo o nosso título geral da competição.

O circuito de 20km é muito difícil e exige demais da pilotagem. Largam de duas em duas duplas e abrimos a competição ao lado da equipe com o português Tiago Ferreira e o grego Periklis Ilias (que considero essa a principal dupla a ser batida pelo título da geral).

Conversei com o Sherman e a ideia seria fazer no limite e tentar a camisa amarela. No começo o ritmo estava alucinante. Já na primeira sessão dura deixamos a outra forte dupla pra trás e começamos a andar muito forte. Eu tenho um pouco mais de facilidade que o Sherman em etapas curtas e explosivas e talvez tenhamos errado um pouco o ritmo. Ele acabou tomando um tombo e perdemos o ritmo no final. Depois disso, tiramos um pouco o pé para não cometer nenhum erro grave. Mas como ele sempre cresce muito ao longo dos dias, ficamos animados e satisfeitos com o resultado.

No final fomos alcançados pela dupla da Trek(Pscheidt/ Mantecon) que fez o melhor tempo. No final desse primeiro “soco no estômago”, o saldo foi bom. Pelos resultados EXTRA OFICIAIS, ficamos na terceira colocação, atrás da Trek e Brentjens team, e pegamos a camisa branca de melhor dupla das Américas.

Muito chão pra rodar e se Deus quiser muita história boa pra contar. Se eu conseguir, vou postando relatos pós prova. Estamos contando com a torcida galera!"

Luli Cox:
"O prólogo da Brasil Ride é bem técnico; cheio de pedras areião e singletracks. Fomos nos arriscando bastante e estávamos bem confiantes. Talvez nos arriscado demais. Num desses downhills cheio de pedras a bike quicou e a gancheira bateu com tudo em uma grande pedra.

Concusão no quilómetro 7 estávamos sem meio de transporte. Vários atletas pararam para ajudar a gente. Incrível como em uma competição de mountain bike existe essa solidariedade e mesmo competindo contra o relógio muitos paravam para ajudar.
O câmbio entrou dentro da roda, a gancheira entortou. O quadro não era dos melhores, mas estávamos no dia certo para isso acontecer, afinal teríamos que correr apenas 13 k!

Quando isso aconteceu a nossa prova mudou, começamos a nos divertir. Primeiro tivemos que improvisar como prender a gancheira no quadro. A Dri logo lembrou que tínhamos nossos elásticos de cabelo. Pronto! Colocamos a corrente no bolso de trás guardamos a gancheira torta os parafusos e seguimos empurrando a bicicleta."



Henrique Andrade:
"Eu tive um problema mecânico, meu pneu rasgou lateralmente logo na primeira parte do percurso e paramos duas vezes para encher, para ver se o líquido do Tubeless segurava, e uma terceira vez quando desistimos e resolvemos colocar a câmara de ar. Isso nos custou uns 20 minutos no total do tempo… Mas tá tudo certo! Como não estamos aqui para ganhar de ninguém mesmo.

Agora tivemos notícias de várias pessoas que foram se arriscar nas descidas complicadas e colocaram e perigo a continuidade no Brasil Ride. Teve gente que quebrou punho, dente, bateu com a cara no chão, levou ponto no queixo… Enfim. A bruxa estava solta hoje!

Felizmente eu e meu parceiro Weimar Pettengill estamos bem, a galera da Pedal Urbano arrumou o meu pneu e agora é só descansar para amanhã."

Classificação Geral:
Class Num Nome Tempo País Equipe Divisão
1 3 Sergio Mantecon Gutierrez/Ricardo Pscheidt 3 00:51:47,146 Espanha/Brasil TREK FACTORY RACING TEAM I Open
2 4 Hans Becking/Jiri Novak 4 00:52:28,362 Netherlands/Czech Republic SUPERIOR-BRENTJENS MTB RACING TEAM Open
3 1 Henrique da Silva Avancini/Sherman Trezza de Paiva 1 00:53:18,151 Brasil/Brasil CALOI ELITE TEAM Open
4 20 Marcelo Candido da Silva/Guilherme Gotardelo Muller 20 00:54:03,106 Brasil/Brasil LM/ SHIMANO Team Open
5 6 Hugo Prado Neto/Lukas Kaufmann 6 00:55:37,381 Brazil/Switzerland FOCUS OCE RACING TEAM Open
6 2 Tiago Ferreira/Periklis ilias 2 00:55:57,798 Portugal/Grecia PROTEK TEAM Open
7 35 Luis Leao Pinto/ Matthias Leisling 35 00:56:14,141 Portugal/Alemanha REI LEaO Open
8 15 Alexandre Arthur Sousa/Anilton Marques Rocha 15 00:56:18,903 Brasil/Brasil CHAPADA DIAMANTINA Open
9 14 Raphael Mesquita Mendes/ Halysson H. Ferreira 14 00:56:53,606 Brasil/Brasil JC BIKES I Open
10 18 Guilherme Saad/Daniel Grossi 18 00:57:55,731 Brasil/Brasil EQUIPE GROOVE BIKES

Próxima etapa:

2a Etapa

Data: 20 de outubro, 2014 largada as 6h00
Largada / Chegada: Mucugê / Rio de Contas
Distância: 147 km
Total de subidas: 3.355 m acumulado de ascensão
Horário de corte: 17:30h na chegada e no 4° ponto de apoio 16:00h



Fontes: Brasil Ride, Pra quem Pedala, Luli Cox