terça-feira, 10 de julho de 2012

Pensando em mudar para 2 x 10?


E achando que vai por na sua bike o que há de state-of-the-art em transmissão? Errou.
A SRAM sai na frente, de novo, e acaba de lançar, pasmem, o XX1!. É… isso mesmo que você está pensando. 1 x 11, ou, uma coroa e onze catracas no cassete.
Claro, todos sabemos que o câmbio dianteiro é menos preciso. O seu acionamento sempre foi mais grosseiro (e isso se acentua mais ainda pois, negligenciado que é por não precisar de tantas mudanças, as montadoras acabam sempre colocando-o de uma linha inferior), longe da suavidade da passagem de marchas dos X-Glides da vida.
Assim, algo como dois anos atrás, surgiu o SRAM XX – sistema com duas coroas e dez catracas. Prontamente adotado pelas bikes tops, hoje é complicado você comprar uma bike de carbono com 3 coroas.
Se é uma melhor opção, vai depender do ciclista. Tem muito trail biker bem preparado que jura pela sua coroinha, e não larga 3 x 10 nem por decreto. Quem pedalou com 2 X 10, e tem pernas para isso, não quer ouvir falar de outra coisa.
O fato é que o 2x 10 tem mesmo uma relação mais inteligente. Com os cruzamentos de marchas do 3×10 e mesmo do 3×9, as relações se repetem: uma combinação Coroa x catraca 32 x 16 rende exatametne o mesmo que uma 42 x 21 ou uma 22 x 11 (que não se usa por causa do cruzamento). Assim, no sistema 20v se tem 20 marchas utilizáveis contra 22 marchas utilizáveis do sistema 30v (seja por causa do cruzamento, seja por causa da correspondência citada acima). O acionamento do 2×10 é muito mais suave, e a troca de coroas, rapidíssima.
Ressalte-se que o sistema 2 x 10 (em comparação ao 3 x 10) não resulta da simples retirada de uma coroa. Enquanto uma pedivela de 3 coroas tem relação (em dentes) 44-32-22, um sistema de duas coroas pode ter, por exemplo uma coroa de 39-26 ou 42-28, e isso muda tudo.
Para os pros, no entanto, as duas coroas não são assim tããão necessárias. É nesse conceito, aliada à simplicidade – puxa, você só terá de trocar as catracas – que se baseia o XX1. Menos um câmbio para regular, nada de cruzamento de marchas, um chainline mais homogêneno. Mas, e a versatilidade? Dá para dar um salto grande em potência derrubando uma coroa… bom, a SRAM deve ter pensado nisso.
Observe a discrepância entre a maior catraca e a coroa instalada no pedivela.
O sistema – extremamente estável, mesmo com grandes impactos o câmbio não se mexe – tem um cassete monstro de 11V/10-42… isso mesmo: a maior catraca é do tamanho do patrão, como chamamos a maior coroa, de muitos pedivelas de MTB por aí. Mas no vídeo aí embaixo vemos um monte de opções de coroas disponíveis (28-30-34-36-38)… o que é muitíssimo legal para quem vai correr numa pista conhecida e tem mecânicos para trocar a coroa e por a mais adequada ao traçado mas… e para o cara que vai fazer uma trilha exploratória? Rola?
O vídeo é impressionante. Muito bem produzido e explicado, mesmo que você não entenda inglês, vale a pena assistir. Como pensamento final, não entendi porque só colocaram gente descendo. Mas tô doido para testar.

Fonte: Da Lama ao Caos

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