quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Serra da Graciosa - Conhecem?? vale a pena conferir


O clássico dos pedais na região de Curitiba é a Estrada da Graciosa passando por Quatro Barras. Pedalar quase 90 km por uma estrada cheia de história, comer pastel na curva da ferradura, barreado em Morretes e subir de trem no fim do dia é o programa de domingo que todo biker curitibano faz uma dezena de vezes por ano.


A estrada da Graciosa a priori começa no centro de Curitiba. Mas como a cidade a foi engolindo, os nomes das ruas são outros até o trevo do Atuba, um dos marcos para achar a estrada. Na rodovia BR 116 há uma entrada para a parte de serra, mas ir por ali é perder uma das melhores partes da viagem.

Podemos dividir o pedal em três partes: centro até mirante, descida da serra e baixada.

O melhor ponto para começar o pedal é na Rodoviária, aonde chega o trem de retorno. Dalí tem dois caminhos: Binário do Santa Cândida ou Alto da Quize.

A linha do expresso que passa pelo Cabral vai até a Santa cândida, onde é o final do ônibus. Desse ponto, é virar a direita no sentido trevo do Atuba. No trevo, basta atravessar a BR 116 e a Graciosa começa do outro lado. Essa mesma avenida passa pelo Alphaville, que é uma referência. Depois do condomínio, ela fica com cara de estrada e vai até Quatro Barras.

O segundo caminho é sair pelo Alto da Quinze (caixa d’água) sentido Piraquara. Depois de passar a BR (por baixo) entrar a esquerda na Av. Maringá. Essa avenida encontra a estrada pouco antes do Alphaville.

Até Quatro Barras são cerca de 30 km. Depois, boa parte da estrada esta asfaltada em nome do turismo rural. Saindo do centro da cidade sentido serra, o caminho só tem uma bifurcação que deve ser tomada à esquerda. O resto é pedal. Essa estradinha, chamada de Dom Pedro, foi feita para a passagem do próprio quando da inauguração da ferrovia. Antes do asfalto, ainda dava pra ver o calçamento em pedras de rio feito especialmente pra a passagem das carruagens.

Esse trecho é a penúria antes da festa da descida. Tem algumas subidinhas importantes, a mais pedreira é exatamente a subida da Pedreira. Logo após passar pela entrada da empresa é subir com fé. Depois do topo há uma opção para quem gosta de terra. A trilha do Alemão começa a direita e desemboca praticamente sobre o Mirante que marca o começo da decida. Vale à pena optar pela trilha.


Descida

O começo da festa é no asfalto. Depois são cerca de 10 km de paralelepípedos com curvas fechadas e, com chuva, perigosas. A manhã é murchar um pouco os pneus para ficar mais estável. Vá devagar e aproveite o visual.

Motivos para paradinhas é o que não falta, principalmente na curva da ferradura. Ali um pastel de palmito com uma dose de cachaça de Morretes é um bom aperitivo para o barreado no fim do pedal.


Porto São João

No fim da serra um lugarejo simpático marca o começo da parte plana do pedal. Aproveite para dar uma recarregada, pois depois de umas curvinhas que somam uns 10 km, você vai desembocar num retão de 6 km impiedoso. Ao longe esta a igrejinha que marca a entrada de Morretes, mas a impressão que fica é que quando mais rápido você pedala, mais a reta estica. E para completar o vento é sempre contra. Paciência, por mais que ela estique você consegue. Pense no barreado

Morretes

A pedida em Morretes é comer o famoso barreado, um cozido de carnes. A receita tem origens indígenas e preparado repõe tudo e mais um pouco gasto na descida. A cidade é histórica e acolhedora. Fica as margens de um rio que no verão fica forrado de bóias descendo suas corredeiras.

Mas antes de se enfartar em um dos restaurantes, passe na estação ferroviária para garantir as passagens, sua e da bike. No verão, fique atento com o horário. O trem não acompanha a mudança e sai uma hora mais cedo.

Esse é um pedal para começar cedo, antes das 8 da manhã, a fim de ser cumprido com folga e evitar sustos com o trem para retornar ao centro de Curitiba. E na volta, tenha paciência, pois a subida leva 3 horas.

Dica: Acesse o Bikers Brasil e faça contato com ciclistas curitibanos para aproveitar melhor o pedal

Um comentário:

Sérgio disse...

De fato esse é um passeio sensacional. Resido em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, sendo que eu e minha turma já fizemos esse trajeto por muitas vezes. Além da graciosa, existe ainda outros caminhos muito interessantes para chegar em Morretes. Acesse meu blog e confiram:
http://pedalandopontocom.blogspot.com/